quinta-feira, 25 de março de 2010

"People are afraid of themselves, of their own reality; their feelings most of all. People talk about how great love is, but that's bullshit. Love hurts. Feelings are disturbing. People are taught that pain is evil and dangerous. How can they deal with love if they're afraid to feel? Pain is meant to wake us up. People try to hide their pain. But they're wrong. Pain is something to carry, like a radio. You feel your strength in the experience of pain. It's all in how you carry it. That's what matters. Pain is a feeling. Your feelings are a part of you. Your own reality. If you feel ashamed of them, and hide them, you're letting society destroy your reality. You should stand up for your right to feel your pain."


Jim Morrison

É como um sentimento incompleto.

No mundo real, não é perceptível o quanto minhas noites são silenciosas e pensativas. No mundo real, ninguém vê o que se passa na minha mente. Penso, às vezes, que se pôr entre um muro tão grande me faz tão pequena quanto uma formiga perto de um elefante. Algumas tomadas de consciência doem, mais são o mais verdadeiro mundo real. Ninguém diz como o mundo real dói, só percebem - e se o fazem - quando já viu-se como o mundo real machuca os olhos. E quanto mais protege-se do mundo atrás do muro, mais ele cresce e mais pequenina fica-se.

domingo, 21 de março de 2010

Quando o silêncio não te preenche mais é que se percebe o quanto vazia você se torna. Esse vazio antes parecia tão cheio, transbordante, em ebulição. Parece que acalmou-se como se houvesse um botão a ser desligado. E o vazio torna-se tão completamente escuro e entrelaçado que facilmente perde-se a pessoa que nele adentrou. O sentimento que há dentro desse vazio é confuso e cheio de altos e baixos, algo como uma bipolaridade constante que parece não ter algum real significado.

quinta-feira, 4 de março de 2010


"Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade… ]
[ nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade ]
[ no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar
Prendas de quermesse
A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto
O farol fecha…
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor
Retrovisor é passado
É de vez em quando… do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde… próximo… seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi… calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe… que coisas são essas"

Amém - O Teatro Mágico