sábado, 27 de fevereiro de 2010

Saudade

Ela nunca tinha sentido tanta vontade de se expressar como sentiu na última noite. Talvez seria por medo ou talvez por angústia. Pegou uma folha de papel sem linhas e começou a desenhar o que vinha na cabeça, nunca fora de muito talento artístico e nunca gostara do que desenhava, porém naquela noite tudo parecia mais claro, mais correto, mais verdadeiro. Nos momentos enquanto ela desenhava e pensava no que tinha acontecido nos últimos dias a música me seu ouvido dizia: "Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim" E foi quando ela percebeu que a música que tocava a inspirava e parecia ter sido feita pra ela. O seu próprio coração vagabundo queria guardar o mundo dentro dela mesma, mas ela nunca tinha percebido isso. Decidira naquele momento que mudaria, que faria o mundo carregar o seu coração. E foi atrás daquele que a fez feliz. Aquele homem que a completava e a fazia ver o mundo tão claramente. Queria chegar lá e ouvir o que Vínicius escrevera:

"Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais..."

Porém, chegou na casa dele e percebeu que o momento de correr atrás dele, já tinha passado. Ele já foi, estava feliz do jeito como levara a vida e tinha guardado o amor que sentira por ela. Mas ela, que tanto fugiu dele, não conseguiu esquecer a felicidade que viveram juntos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Perfume

Ela o encontrou por acaso no caminho de casa. Faziam anos que não se viam e nem se falavam, mas pareciam milênios. Ela morria de saudade do cheiro do perfume doce dele, que ela adora. E ele, não sabendo mais como procurá-la em todos os cantos, desistiu de procurar. E desistindo de procurar, ele encontrou de novo moça do sorriso que vai aos olhos e principalmente, ao coração dele. Foram apenas alguns minutos de conversa, aquela conversa de amigos que havia muito não se encontravam, porém nos olhares dava para perceber a vontade que ela tinha de ficar entre os braços dele de novo e sentir aquele perfume que ela sentia em todos os lugares depois de deixá-lo pela última vez. Parece que ela se arrependera das histórias que deixou de viver. Ela queria naquele momento, sucumbir à ele e fazê-lo dela de novo. Mas não pôde. Ela não tinha mais como chegar até ele. Ela tinha tirado ele da sua vida. E quando ela estava indo, pela última vez, ele a beijou. Foi o beijo que ela tanto ansiava desde que o deixara, nunca encontrara ninguém que a fizesse sentir como ele a fazia. Foi aquele beijo de despedida que se dá uma vez só na vida. E assim, ela continuou, procurando em outros o beijo e o perfume dele, entretanto ela nunca encontrou ninguém parecido.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Estou de saco cheio.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O negócio é não levar a vida tão a sério. O negóico é sentir a brisa no cabelo e os ombros leves, assim que deve ser. As pessoas acreditam em muitas coisas, muitas histórias e muitas lembranças. E algumas vezes, essas lembranças voltam, e não são lembranças ruins não! são boas e até ótimas! E então a gente pára e volta o olhar pro passado e vê como tudo funcionou certo, como o destino cumpriu o seu papel para que todas as coisas continuassem a serem melhoradas. O destino sabe, ele sabe de muitas coisas. Deve saber também que ele forma algumas coisas, histórias e lembraças que ficariam para todo o sempre.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mas vou lembrar, que não se morre quando se deixa vivo o seu olhar dentro de nós, (8)